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Professor, Músico, Audiófilo, Cientista Político, Jornalista, Escritor de 1968.

sábado, 15 de maio de 2010

Arte

Nada mais importante na educação do que a arte. A arte da beleza, da crítica, da profundidade, do emocional. A arte do comprometimento, da criatividade, do amadurecimento. Todo o resto deveria ser secundário. O poder da arte é muito grande, por isso ela é considerada secundária. É uma inversão absurda a que vivemos.

A frieza, a dureza, o sofrimento ao invés da boniteza. A mentira, a hipocrisia, a imposição ao invés da liberdade. São escolhas muito claras do padrão educacional que não deixam dúvidas quanto a seu caráter. Limitador, cabrestador, moldador. Não dá pra falar em ensinar sem arte. Quem não se artistifica se trumbica.

Nada compara uma bela produção plástica, uma pesquisa iconográfica, uma composição metafísica, a uma escritura autofágica. Comemos nossa própria cauda sofrendo com as agruras curriculares onde, nos parece, nada realmente importa. Dinheiro? É o que queremos quando nos educamos? É isso que compramos com nosso dinheiro? Mais dinheiro? Ou será que sabemos o que queremos comprar? Arte não se compra, se faz!

Todos precisam desesperadamente fazer arte com nossos alunos. Eles e nós precisamos disso. Sem criação não há solução. Só repetição não dá o mínimo tesão. É só castração. Abaixo a repressão! Chaga de enrolação, vamos ganhar um bolão! Viva a Educação!

Não é possível que em pleno século 21 continuemos reproduzindo as mesmas práticas de 40 ou 50 anos atrás. Que os alunos falem tão pouco. Que sua opinião seja tão pouco levada em consideração pra quase tudo o que se passa no ambiente escolar. Não é possível que não haja uma democracia plena em uma época em que democracia justifica até as maiores divindades e as piores atrocidades. Não é possível que uma andorinha só faça verão exercendo a função de carrasco peremptório da industriação do ensino. Não!

Mais conversa e menos falação. Mais música e menos sermão. Mais teatro e menos dissimulação. Nossa pátria é nosso coração. Chega de controlação, chega de ódio e recalque. Precisamos de renovação. O novo sempre vem, mas até quando vamos empurrá-lo para o mais além. Chega de clubinhos de conhecimento privado e pouca prática. Queremos aprender no dia-a-dia, onde nos leva nossa motivação. Vamos usar sempre essa tática. Onde estão os ciclos culturais, onde está o envolvimento coletivo, a troca, a confiança, o dividir? Não dá mais pra ser egoísta, todo mundo tem é que ser artista!

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